quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

DAS PESSOAS

Vão sempre existir pessoas boas e pessoas más. O problema só está em não se ser inteiro. Em não se ser o que se é na verdade.

Talvez o meu segredo para não me desiludir com os outros, seja esse. Tento viver as pessoas com o que elas são. Com a sua verdade.

E quando olho à minha volta e penso nas pessoas que me acompanham no caminho agradeço tão profundamente as suas qualidades quanto os seus defeitos.

Agradeço acima de tudo a compreensão mutua pela imperfeição humana de se ser inteiro.

Era só isto.


domingo, 14 de fevereiro de 2016

My Valentine

Namorem. Namorem muito...mas não namorem tudo...para namorarem outra vez amanhã. 

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

AS MÃES NÃO DEVIAM FAZER TESES DE DOUTORAMENTO

Hoje a Violeta adormeceu ao meu colo.

Há muitos meses que isso não acontecia. Na verdade deste que era muito bebé. Desde que sentiu que a Mãe não estava lá.

A minha disponibilidade deixou de ser a que todas as mães deveriam ter sempre. A que se sente, a que não tem a ver com horários. Desde que o processo de terminar a Tese se intensificou que a Violeta deixou de querer o meu colo. Nos olhos dela há muito que via que ela sentia que a mãe estava noutro lugar.

Eu fechava os olhos por dentro e pensava, tenho que seguir em frente. Isto vai ter um fim. A entrega foi total. Escrever uma Tese é um enorme tempo de solidão mas também de egoísmo profundo.

Na fase final, quando as minhas forças estavam no limite em conversa as pessoas diziam-me, não se preocupe, está quase, vai recuperar o tempo. Mas não é verdade, o tempo de mãe não se recupera. Pode até ganhar-se. Mas outro. O que se perdeu não volta.

Hoje não pude deixar de me emocionar quando a adormeci ao meu colo. Logo no dia em que defendi a Tese, quando cheguei e cruzamos o olhar senti que ela sentiu que a mãe estava de volta. Estes quatro dias de mãe a tempo inteiro foram os mais felizes quatro dias de mãe. E quero que sejam para sempre. Até que Deus me permita estar viva quero ser Mãe. Inteira. Disponível. Mãe do colo, do abraço, do mimo. E penso que só espero, que tenha valido a pena. Porque foi muito o que deixei ali. Naquele lugar de solidão.

Desculpa meu Amor por todas as coisas que não fizemos juntas. Cada palavra, cada letra e cada espaço em branco desta Tese são teus. Todos para ti Violeta. O maior de todos os amores.


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